APL 1664 Mar-vento-estrela polar-lua-sol

O mar queria governar; mas o vento não o deixava, porque ou soprava com tal violência que metia a pique tudo o que por ele corria (navio?), ou parava de todo, o que também o contrariava. O mar foi então à Estrela Polar para ela pedir à Lua que conseguisse do vento que o deixasse governar. A estrela dirigiu-se à Lua a fazer-lhe o mesmo pedido; mas esta respondeu que nada pediria ao vento que era colérico e intratável, mas que pediria ao seu irmão Sol. Assim o fez; mas o Sol escusou-se primeiro com repetir que o vento era muito audacioso e colérico e perigoso, por entrar por toda a parte; por fim sempre consentiu em fazer o pedido ao vento que não cedeu da sua liberdade de soprar quando e como quisesse, ficando por isso as coisas na mesma e o mar governando apenas quando o vento lho consentia.

Source
SARMENTO, Francisco Martins Antígua, Tradições e Contos Populares Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998 , p.191
Place of collection
GUIMARÃES, BRAGA
Informant
Margarida (F),
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography