APL 3399 Porto (Nossa Senhora do)

Em 1730, o padre visitador, examinando a egreja matriz da freguezia de S. Miguel de Tahide, viu na sachristia uma antiga imagem de Nossa Senhora do Rosario, em muito máu estado, e a mandou enterrar em sagrado, como é de costume, quando as santas imagens são disformes, ou estão damnificadas pelo tempo.
    Francisco de Magalhães Machado, proprietario e mestre de primeiras lettras, da freguezia, e muito devoto da S.S. Virgem, pediu a imagem, e, sendo-lhe concedida, a levou para sua casa, onde a tinha com a maior decencia e devoção.
    Diz a lenda, que, pouco tempo depois de estar a imagem em casa do Machado, hindo elle uma manhan fazer-lhe a oração matinal do costume, achou-a perfeitissimamente encarnada, pintada e dourada, sem saber como, quando, nem por quem. Machado e outras pessoas, declararam, debaixo de juramento, que não mandaram fazer semelhante obra, nem sabiam quem, nem quando havia sido feita. Este documento (a declaração jurada) existe na camara ecclesiastica de Braga.

Source
PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Portugal Antigo e Moderno Lisbon, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873] , p.Tomo VII, p. 555
Place of collection
Taíde, PÓVOA DE LANHOSO, BRAGA
Narrative
When
1730
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography