APL 1630 O carneiro preto

Um sujeito dos lados da (Cruz da Argola) veio a Guimarães e só pôde retirar de noite. Passando pelo terreiro de Santa Clara viu um carneiro preto, e julgando ser animal perdido, de que podia apossar-se sem perigo de ser descoberto, pegou nele às costas e caminhou o seu caminho. O carneiro porém pesava como chumbo; tanto que chegado à Arcela, o homem viu-se obrigado a descansar, pousando o animal em contra de uma parede. “Pousa-me devagar para me não esfolares o serro” — disse o carneiro. Ouvindo isto, o homem largou a correr na certeza de que o carneiro era o diabo.

Source
SARMENTO, Francisco Martins Antígua, Tradições e Contos Populares Guimaraes, Sociedade Martins Sarmento, 1998 , p.119
Place of collection
GUIMARÃES, BRAGA
Informant
António (M),
Narrative
When
20 Century,
Belief
Unsure / Uncommitted
Classifications

Bibliography